Músicas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A História da Música Caipira



Uma noite sertaneja em Madri


 
Sábado, dia 11 de setembro. Passeo de Camões, no Parque del Oeste, Madri.
O festival "Ole Brasil", marcado para ter início ás 18h30min, começou às 20h. Apresentados por Serginho Groisman, Fernando e Sorocaba subiram no palco para apresentar uma versão compacta de seu show, cerca de uma hora de música.
Era nítida a emoção da dupla ao ver todas as músicas serem cantadas em coro.
De "A casa caiu", mais recente, até "Bala de prata", o primeiro sucesso, todas foram cantadas pela plateia.
Obviamente, a canção "Madri" era a mais esperada, e foi tocada duas vezes.
Bastante emocionado, Sorocaba disse, durante a apresentação, que jamais havia imaginado que um dia cantaria essa música na cidade.
Logo depois, foi a vez de Victor e Leo se apresentarem, também com uma versão reduzida do show, pouco mais de uma hora.
As canções mais famosas foram tão cantadas no show como em outra qualquer apresentação no Brasil, mas o que chamou a atenção, mesmo, foram as músicas em espanhol.
Quando a dupla cantou um trecho de "Recuerdos de amor", a sensação é de que seria apenas essa a menção ao repertório internacional dos irmãos.
Mas pouco tempo depois, eles apresentaram "Nada es normal".
Victor e Leo também cantaram "Telefone mudo" e "60 dias apaixonado".
Fernando e Sorocaba tocaram "Saudade da minha terra".
A reação do público mostrou a popularidade dos clássicos sertanejos.
A grande maioria desse público era formada por brasileiros que moram na Espanha.
Curiosamente, muitas dessas pessoas não assistiram a ascensão das duas duplas no Brasil.
Ali mesmo na área da organização, alguns brasileiros que estavam trabalhando, perguntavam o tamanho do sucesso das duplas, pois eles conheciam os cantores através de familiares, mas não sabiam mensurar o qual a dimensão do sucesso.
A grande vantagem desses eventos no estilo do Brazilian Day, é que eles têm o intuito de reunir o maior número de brasileiros possível.
Para isso, cada vez mais se busca cantores de sucesso no Brasil, o que facilita a entrada de duplas sertanejas nesses festivais, e ajuda a mudar aquela ideia de que só o samba pode representar o país.
O público, entre 3 e 4 mil pessoas, foi abaixo do que muitos esperavam.
Uma explicação está na concorrência: nesse sábado, aconteceu a chamada "El noche en blanco", uma espécie de Virada Cultural em Madri.
Durante toda a noite e madrugada, diversas atrações gratuitas foram realizadas pela a cidade, e o "Ole Brasil" foi uma delas.
Apesar do evento ter sido muito positivo, houve os problemas de sempre: pessoas desmaiando por causa do calor e do aperto, brigas que interromperam um dos shows (o de Victor e Leo, que sempre param de cantar quando há uma briga na plateia).
A cena inusitada da noite também ficou para o show dos mineiros.
Algumas pessoas subiram em uma estrutura de iluminação para ter uma melhor visão do show, mas claramente não havia a mínima condição de segurança de permanecer lá em cima.
A dupla pediu gentilmente que as pessoas descessem da estrutura, mas um casal não desceu sem antes dar um beijo para todo mundo ver.
Só uma explicação: o festival não leva a marca "Brazilian Day", mas como houve a parceria com a Rede Globo, que tratou o evento da mesma forma que trata suas festas espalhadas pelo mundo, o festival acabou sendo chamado por muita gente de "Brazilian Day Madri".
No evento, também houve as apresentações de Carlinhos Brown e do Jeito Moleque.

      

A evolução da música caipira

O cururu nasceu, pois, dos cantos religiosos marcados por batidas de pé. Das festas ao redor dos oratórios ganhou os terreiros, nos acontecimentos sociais das fazendas e vilas. Nos anos 30, Mário de Andrade viajou pelo interior paulista, nas suas pesquisas, e observou que no médio-Tietê cururu era desafio improvisado, uma espécie de "combate poético" entre violeiros-cantadores, iniciado com saudações aos santos. Dessa forma ele ainda resiste em cidades como Piracicaba, Sorocaba, Tietê, Conchas e Itapetininga  a chamada região cururueira do estado. Entre os cururueiros mais famosos do disco estão os irmãos DIVINO chamados reis do cururu dupla de SOROCABA. Vieira e Vieirinha, de Itajobi, SP (o segundo, morto em 1990), que brilharam nos anos 50.


O catira ou cateretê surgiu de uma dança indígena, o caateretê, também adotada nos cultos católicos dos primórdios da colonização. As bases mais sólidas de seu reino se estabeleceram em São Paulo e Minas Gerais. Com solos de viola e coro, acompanhados de sapateado e palmeado, ele começa com uma moda de viola, entremeada por solos, e evolui para uma coreografia simples mas bastante rítmica. O clímax, no final, é o "recortado", com viola, coro, palmeados, sapateados e muita animação. O catira é o coração de festas populares como as Folias de Reis e as de São Gonçalo, . Entre grandes catireiros estão  VIEIRA E VIEIRINHA chamados merecidamente de os reis da catira , Tonico e Tinoco de São Manuel SP (o primeiro, morto em 1994), que registraram incontáveis sucessos nos anos 40 e 50. Atualmente, entre os novos-caipiras, o mineiro Chico Lobo é violeiro-cantador que domina essa velha arte.

   O fandango, por sua vez, nasceu como dança vigorosa de tropeiros que o aprenderam no extremo sul do país, com seus colegas uruguaios. Sofreu modificações nas diversas regiões onde chegou e ainda é cultivado em alguns núcleos por todo o país, como no litoral paranaense. Resultante da mistura da música dos brancos da roça com a dos negros escravos, o calango firmou-se especialmente no Rio de Janeiro rural e em Minas Gerais. Martinho da Vila, fluminense de Duas Barras, compôs e gravou alguns bons calangos, puxados na viola e com instrumentos percussivos.

A moda de viola se destaca

Entre tantos ritmos e estilos formados a partir das toadas, cantigas, viras, canas-verdes, valsinhas e modinhas, trazidos pelos europeus, a moda de viola se transformou na melhor expressão da música caipira. Com uma estrutura que permite solos de viola e longos versos intercalados por refrões, com letras quilométricas contando fatos históricos e acontecimentos marcantes da vida das comunidades, ela ganhou vida independente do catira. E seduziu grandes compositores, como os paulistas Teddy Vieira (de Buri) e Lourival dos Santos (de Guaratinguetá), já falecidos, bastante ativos entre os anos 50 e 60. Atualmente, os mineiros Zé Mulato e Cassiano estão entre os bons compositores e cantadores de modas de viola.

  À medida que o país se urbanizou e precisou da mão de obra barata do povo do interior, levas de artistas caipiras e nordestinos também chegaram a São Paulo e ao Rio de Janeiro para disputar seus palcos e estúdios. Assim, emboladas e cocos se misturaram a maxixes, guarânias, rasqueados, chamamés, boleros, baladas e rancheiras  e a tudo o que se ouvia no rádio nos anos 50 e nas fronteiras do país. Todas essas matrizes sonoras formaram, com os gêneros caipiras tradicionais, o que passou a ser sacralizado, na terminologia do mercado fonográfico, como música "sertaneja". Mais sons entrariam nesse caldeirão: a partir dos anos 60, o rock e a MPB dos festivais, e, nos 80, a country music americana.

Entre os marcos das diversas fases da música que nasceu na roça e hoje, bastante modificada, embala multidões de norte a sul do país, podemos destacar as primeiras gravações de modas de viola e de outros gêneros caipiras por violeiros-cantadores do interior paulista, em 1929  na série de discos produzida por Cornélio Pires para a Columbia. Na década de 30, vieram os sucessos de João Pacífico e Raul Torres, de Alvarenga e Ranchinho. Já Tonico e Tinoco pontificaram a partir dos anos 40.

  Vários estilos no saco

O apogeu dos caipiras foi nos 50: levas de duplas, especialmente do interior de São Paulo, tiveram espaço nobre nas gravadoras e emissoras de rádio. O filão caipira abrigou, nessa época, as guarânias de Cascatinha e Inhana e as rancheiras mexicanas de Pedro Bento e Zé da Estrada. Entre 60 e 70, o aparecimento de Sérgio Reis e Renato Teixeira  o primeiro saído da Jovem Guarda, o outro dos festivais da TV Record  agitou o mundo sertanejo. Exatamente em 1960 um genial violeiro do norte de Minas, Tião Carreiro, inventava o pagode caipira, mistura de samba, coco e calango de roda (na definição de outro tocador e conterrâneo, Téo Azevedo).
    Nos anos 80 surgiram a dupla mineira Pena Branca e Xavantinho, adequando sucessos da MPB à linguagem das violas, e Almir Sater, violeiro sofisticado, que passeava entre as modas de viola e os blues. A guinada para a country music, com a adoção de instrumentos eletrificados e a formação de grandes bandas deu-se a partir do mega-sucesso de Chitãozinho e Xororó, em 1982. A eles, seguiram-se outras duplas de sucesso, cada vez mais direcionadas para o romatismo pop herdado da jovem guarda, como Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano.
    Os anos 90 marcaram a convivência de dois segmentos musicais originários dos gêneros rurais: o dos mencionados sertanejos-pop, voltado para grandes mercados internacionais, e o dos novos-caipiras - músicos saídos das universidades, dispostos a retrabalhar a música "raiz". Estes criaram um circuito de gravadoras independentes e apresentações em teatros, entre São Paulo e Belo Horizonte, já se irradiando até o Rio de Janeiro. Os detonadores desse movimento foram Renato Teixeira e Almir Sater. Entre os nomes mais expressivos dessa nova geração de instrumentistas-compositores estão os mineiros Roberto Corrêa, Ivan Vilela, Pereira da Viola e Chico Lobo, e o paulista Miltinho Edilberto.

Ricardo Anastácio     


 
Ricardo Anastacio, nasceu em Assis Sp, cidade da alta Sorocabana, vale do rio Paranapanema. Veio com 18 anos para a capital, onde teve contato com todo tipo de música: mpb, regional, choro, capoeira, forró, samba. Trabalhou como músico da noite , percebeu que seus ídolos da mpb tinham um pé nas suas raízes muito forte, na música de sua terra de origem,  voltou para  o  interior  procurar  suas  raízes  caipiras,  esquecidas  com o  desenvolvimento , menosprezada pela própria música sertaneja moderna. A música de viola andou esquecida   pesquisando , gravando entrevistas.Também ouviu muito  seu avô Joaquim, que contava suas histórias , dançava catira com os índios de Piraju Sp..
E o músico  ouvindo  histórias e cantorias nas festas que ainda  haviam sobrado  nas periferias e nas águas que rodeavam a cidade, água do bugio, da prata,da baitaca,do taquaral.Onde viu a catira, moda de viola, folia de reis em grandes festas populares nos sítios onde havia comida caipira com fartura.Também ouviu muito  seu avô Joaquim, que contava suas histórias , dançava catira com os índios de Piraju Sp.
Comprou sua primeira viola em 1978, na Del vechio na rua Aurora em São Paulo, que toca até hoje.
Veio para Sorocaba 1983 , onde morra e trabalha como músico e professor de viola(onde tem um grupo de estudo desenvolvido com seus alunos e interessados em viola visando a formação de uma orquestra de viola em Sorocaba e Região),
Estudou violão no conservatório de Tatuí com prof. Edson Lopes, mpb jazz com Homero Lottito, e Roberto Bomilcar. Participou do Seminário de música Instrumental de Ouro Preto 1986, organizado por Toninho Horta,  onde estudou Viola com Roberto Correa,e fez o workshop  com Dori Caymi. Em Sorocaba teve seus filhos, e descobriu com os violeiros antigos da cidade , os diversos toques, ponteados , e ritmos da rica música caipira Paulista.( na foto o violeiro, abaixo, aparece numa festa de santo reis no rio Paranapanema nos anos 70) 

Se você precisar fazer uma pesquisa sobre o sertanejo entre no site:
Pesquise os violeiros do Brasil nesse site :

Música Caipira



O termo caipira (do tupi Ka'apir ou Kaa - pira, que significa "cortador de mato"), é o nome que os indígenas guaianás do interior do estado de São Paulo, no Brasil, deram aos colonizadores brancos, caboclos, mulatos e negros.
É também uma designação genérica dada, no país, aos habitantes das regiões situadas principalmente no interior do sudeste e centro-oeste do país. Entende-se por "interior", todos os municípios que não pertencem às grandes regiões metropolitanas nem ao litoral onde existe o caiçara. O termo caipira teve sua origem e costuma ser utilizado com mais frequência no estado de São Paulo. Seu congênere em Minas Gerais é capiau (palavra que também significa cortador de mato), na região Nordeste, matuto, e no Sul, colono.

Origens da música sertaneja

O núcleo original do caipira foi formado pela região do Médio Tietê, estão entre as primeiras vilas fundadas no Estado de São Paulo, durante o Brasil colonial, e de onde partiram algumas das importantes bandeiras no desbravamento do interior brasileiro. Os bandeirantes partiam da Vila de São Paulo de Piratininga e desta região do Médio Tietê, nas chamadas "monções", embarcando em canoas, no atual município de Porto Feliz, para desbravarem o interior do Brasil.
No quadrilátero formado pelas cidades de Campinas, Piracicaba, Botucatu e Sorocaba, no médio rio Tietê, ainda se preservam a cultura e o sotaque caipiras. Nesta região, o caipira sofreu muitas transformações, influenciado que foi pela maciça imigração italiana para as fazendas de café.
Na região norte paulista (de Campinas a Igarapava) povoada posteriormente, no início do século XIX, a presença de migrantes de Minas Gerais foi grande dando outra característica à região.[1][2] Já o Oeste de São Paulo, de colonização recente (início do século XX), já surgiu com a presença italiana, japonesa, mineira e nordestina, também formando uma cultura bem diferente das regiões mais antigas de São Paulo.

Cultura Caipira

Assim, bastante isolados, geraram uma cultura bem peculiar e localizada, e, por outro lado, preservaram muito da cultura da época em que o Brasil era uma colônia de Portugal. A chamada "cultura caipira" é fortemente caracterizada pela intensa religiosidade católica tradicional, por superstições e pelo folclore rico e variado.
O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupi e do nheengatu. Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.

Música Caipira

Sua música é chamada de música caipira, posteriormente, para se distinguir da música sertaneja, recebe o nome de "música de raiz" também é conhecida por 'música do interior'. o compositor Renato Teixeira, com sua composição "Rapaz Caipira", foi um dos responsáveis pela volta do nome "música caipira".
A música caipira tem uma temática rural, e, segundo Cornélio Pires que a conheceu em seu estado original, se caracteriza "por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera" mas sua dança é alegre". Entre suas mais destacadas variações, está a moda de viola. O termo "moda de viola" usado por Cornélio Pires é o mais antigo nome da música feita pelo caipira.
A música é geralmente homofônica ou, algumas vezes, no estilo primitivo do organum.

Os vários tipos de caipira

O tipo humano do caipira e sua cultura tiveram sua origem no contato dos colonizadores brancos bandeirantes com os nativos ameríndios (ou gentios da terra, ou bugres) e com os negros africanos escravizados. Os negros de São Paulo eram na sua grande maioria provenientes de Angola e Moçambique, ao contrário dos negros da Bahia na sua maioria provenientes da Costa da Guiné.
Assim, o caipira se dividia em quatro categorias, segundo sua etnia, cada uma delas com suas peculiariedades:
  • caipira negro: descendente de escravos, na época de Cornélio Pires chamado de Caipira Preto: Foi imortalizado pelas figuras folclóricas da mãe-preta e do preto-velho que é homenageado por Tião Carreiro e Pardinho nas músicas "Preto inocente" e "Preto Velho". É, em geral, pobre. Sofre, até hoje, as conseqüências da escravidão; Cornélio Pires diz dele: "É batuqueiro, sambador, e "bate" dez léguas a pé para cantar um desafio num fandango ou "chacuaiá" o corpo num baile da roça".
  • caipira branco: descendente dos bandeirantes, uma nobreza decaída, orgulha-se de seu sobrenome bandeirante: os Pires, os Camargos, os Paes Lemes, os Prados, os Siqueiras, os Prados, entre outros. É católico, e se miscigenou com o colono italiano. Pobre, mas é, ainda, proprietário de pequenos lotes de terras rurais: os chamados sítios.
  • caipira mulato, descendente de africanos com europeus. Raramente são proprietários. Cornélio Pires os tem como patriotas e altivos. Diz dele Cornélio Pires: “o mais vigoroso, altivo, o mais independente e o mais patriota dos brasileiros”. Excessivamente cortês, galanteador para com as senhoras, jamais se humilha diante do patrão. Apreciador de sambas e bailes, não se mistura com o “caboclo preto”.
O caipira na cultura Brasileira

O caipira foi estigmatizado por Monteiro Lobato, que conheceu apenas o caipira caboclo, tomando-o como paradigma e protótipo de todos os caipiras.
O cineasta Amácio Mazzaropi criou uma personagem, nos anos de 1950, que fez muito sucesso no cinema brasileiro: O Jeca, inspirado no caipira branco (Mazzaropi tinha ascendência italiana).
O cartunista Maurício de Sousa também tem um personagem caipira nas histórias da Turma da Mônica que é o Chico Bento: um menino caipira que representa o confronto da cultura caipira com a urbanização do Brasil. Notável é o fato de as falas nas historietas em quadrinhos do "Chico Bento" serem escritas no dialeto caipira, em vez do português culto, contudo as falas se tornam justificáveis por serem utilizadas em negrito, tecnicamente o erro ficaria subentendido.
O caipira foi retratado com precisão e maestria pelo pintor José Ferraz de Almeida Júnior nas suas obras-primas "caipira picando fumo" e "violeiro".
O maior estudioso do caipira foi Cornélio Pires que compreendeu, valorizou e divulgou a cultura caipira nos centros urbanos do Brasil. Cornélio Pires em sua obra Samba e Cateretês, registrou inúmeras letras de música caipiras, que ouviu em suas viagens, e que, sem esta obra, teriam caído no esquecimento. Cornélio Pires registrou também a influência da imigração italiana entrando em contato com o caipira. Cornélio Pires também registrou os termos caipiras mais usados em seu Dicionário do Caipira publicado na obra "Conversas ao pé do Fogo".
Cornélio Pires foi o primeiro que lançou, em discos de 78 Rpm, a música caipira, hoje chamada de "música de raiz", em oposição à música sertaneja e produziu cerca de 500 discos em 78 rpm.

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